DIA 05 DE JUNHO – DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

DIA 05 DE JUNHO – DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

COMUNICADO DE IMPRENSA

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

PORTAL DA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL ELEGE CINCO

 MEDIDAS URGENTES EM PROL AMBIENTE

  • Os edifícios são grandes responsáveis pelos impactos negativos no ambiente
  • PCS apresenta medidas de redução desses impactos

O Portal da Construção Sustentável considera que o Dia Mundial do Ambiente não deve ser comemorado apenas para lembrar a relação entre o homem e a natureza, mas sim para que os Governos estejam alerta para a necessidade de produção de políticas capazes de fazer frente aos riscos e vulnerabilidade socioeconómicas e ambientais consequentes das alterações climáticas, de forma a contribuir para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável até 2030, anunciados pela ONU.

Os edifícios são responsáveis por grandes consumos de energia e consequentes emissões de CO2, tendo na sua génese o setor da construção, que tem um forte impacto a vários níveis. Estima-se, por exemplo, que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes do setor da construção, sendo este responsável pela extração de mais de 30% dos recursos naturais (fonte CIB). As políticas de financiamento a edifícios mais sustentáveis, para edifícios de comércio e serviços, e particulares, em vigor, são reveladoras da tomada de consciência que é mesmo necessária.

O PCS escolheu este dia para anunciar cinco medidas urgentes e que poderão reduzir esse impacto:

  1. A diminuição do uso de materiais com alto impacto ambiental. Aquando da construção de um edifício priorizar sempre a reabilitação quando esta é economicamente viável. Ao reutilizarmos estamos desde logo a diminuir o impacto ambiental gerado na produção de novos produtos para a construção e a evitar nova impermeabilização de solo;
  2. A redução de consumo de novos recursos. Aumentar a meta de utilização de materiais reciclados na construção, passando de 5% para 25%, bem como a criação de multas pesadas sempre que se verifique a colocação em aterro de produtos com potencial de reutilização e/ou reciclagem, a exemplo do que acontece noutros países europeus.
  3. Consultar sempre bases de dados de materiais mais “amigos” do ambiente, que estão disponíveis online. Estes materiais têm a capacidade de se reciclarem ou reutilizarem e devem ser incluídos no projeto. A utilização de materiais certificados confere segurança e edifícios verdadeiramente sustentáveis.
  4. A poupança e reutilização de água. Todos os meios de poupança e reutilização de água serão bem-vindos.
  5. Redução de consumos de energia para climatização através de aplicação de meios passivos, como isolamento térmico, janelas eficientes e sombreamento.

O recém-inaugurado Hotel Neya, com uma certificação ambiental exigente (LEED), situado no Porto, é um bom exemplo. Este hotel, além de ser uma reabilitação de um edifício existente, teve o cuidado de “integração no projeto de muitos dos materiais já existentes, que foram tratados de forma a poderem ser reintegrados na nova arquitetura. A questão da importância da proximidade dos materiais utilizados, de forma a reduzir a pegada ecológica do seu transporte, fez com que houvesse sempre uma grande preocupação na utilização de tudo o que é produto fabricado em Portugal. Esta atitude ficou de tal maneira vinculada ao projeto que se expressa duma forma pública na “rotas das industrias” que são as suites, patrocinadas por marcas de relevância nacional que, por sua vez, também estiveram presentes de alguma forma na construção do edifício”, refere Yasmin Bhudarally, CEO do hotel, em entrevista ao PCS a qual poderá ler na íntegra em: https://www.csustentavel.com/

Neste caso, a certificação ambiental veio confirmar a sustentabilidade do edifício. A certificação credível é muitas vezes uma peça fundamental para que os princípios de sustentabilidade se verifiquem, tanto para os edifícios como para os materiais de construção.

 “Em sede de sustentabilidade, o problema que se coloca, atualmente, prende-se com a forma como o Homem poderá antecipar-se, e não como reagir, à consequência das alterações climáticas”, explica Aline Guerreiro, arq. e administradora do PCS. “Os edifícios, por serem indispensáveis à vida humana, deveriam manter com a natureza uma relação onde os princípios ecológicos atingissem a sua máxima expressão”, termina.

Portal da Construção Sustentável, 05 de junho de 2022

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